quarta-feira, 29 de julho de 2009

Jean Christophe e Jean Alomene, Sandan TenChi International

Mais novidades do último Estágio Internacional de Verão em TenChi. Parabéns aos amigos belgas Jean Christophe e Jean Alomene, alunos diretos do professor Stéphane Goffin, pelo mais que merecido título de Sandan (3º grau) TenChi International.

Parabéns também à todos os outros belgas e portugueses que prestaram exame para Shodan (1º grau) e que não tenho os nomes no momento.

Abraço a todos.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Henrique Martins, Godan TenChi International

Henrique Martins, uchideshi do Mestre Georges Stobbaerts, é o mais novo Godan (5º grau) da escola TenChi International. Henrique recebeu seu diploma das mãos do mestre durante o Estágio Internacional de Verão 2009 realizado no Hombu Dojo da escola em Sintra, Portugal.

Parabéns Henrique. Estamos aguardando sua presença em setembro aqui no Brasil.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Agatsu Katsu Hayahi no Mikoto

"Eu lí num livro que o Fundador disse que queria que todo mundo praticasse 'prazerosamente'. Então uma vez eu perguntei a Ô Sensei sobre isso. Ô Sensei disse: 'É verdade, você precisa praticar prazerosamente. Não existe sentido em praticar quando todos sofrem. Se há bons sentimentos, o Ki aflora. Assim, o dojô se encherá de Ki.'.

Então perguntei se ele acreditava em competições (shiai). Com uma certa circunspeção, Ô Sensei disse": 'Não. Definitivamente não. A pessoa que ganha fica feliz, mas sempre há um perdedor. Você não pode ter somente um vencedor. A pessoa que perde não fica feliz. O perdedor vai treinar duro, de tal forma que ele possa derrotar o vencedor. Se você tem uma pessoa tentando derrotar você, você tem um inimigo - um inimigo cordial, mas ele continua tentando derrotar você. Por que não tentar derrotar o maior, o supremo dos inimigos? Você próprio.'"

Texto escrito por Takashi Nonaka, um dos uchideshi de Ueshiba, e publicado no livro Mémórias do Grande Mestre, Vivendo e Aprendendo com Morihei Ueshiba.


Forte abraço.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Estágio de Verão 2009 - TenChi Hombu Dojo

Entre os dias 22 e 26 de julho será realizado o estágio internacional de verão no Hombu Dojo TenChi em Sintra-Portugal. O evento será dirigido pelo Hanshi Georges Stobbaerts (8º dan Dai Nippon Butoku Kai) e como de costume, contará com a presença de participantes de vários países.

Este ano, além das aulas de Aikido ministradas pelo Mestre e as aulas de Buki Waza comandadas pelo professor Stéphane Goffin (5º dan TenChi e Aikikai), também serão realizadas aulas de Karate-Do com o professor Fernando Moura (Renshi, 3º dan).

Infelizmente, não poderei estar presente como nos anos anteriores. Participar de um evento deste porte é um aprendizado incrível, não apenas dentro do tatame mas também fora dele. Estar presente em TenChi significa estar aprendendo vinte e quatro horas por dia. Seja na convivência com o Mestre, com os professores ou numa simples conversa com os amigos.

Amigos, e que amigos. Não vou citar nomes porque uma única postagem seria pouco. Mas como sinto saudades de todos. Pessoal de Sintra, Lisboa, Porto, Cais Cais... e principalmente os conimbricences e belgas, que tive a oportunidade de conviver por mais tempo.

Forte abraço a todos.

Maiores informações: http://www.tenchi-international.com/

terça-feira, 14 de julho de 2009

O IAIDO, para mim

Este texto foi escrito pelo meu amigo Marcos Castro para o informativo de janeiro do Centro Cultural Georges Stobbaerts. Obrigado Marcos por disponibilizá-lo ao Munem Mushin.


Minha primeira sensação, ao ser convidado a escrever um artigo sobre o Iaido, foi de receio, um certo medo. Questionei-me sobre que condições teria de escrever sobre uma arte que permanece para mim um mistério, instigante e atraente, mas desconhecida. Ainda mais se os leitores deste artigo, em sua grande maioria, têm um conhecimento da matéria muito além do meu. Nada do que escrevesse lhes acrescentaria algo, interessaria. Então, concluí que deveria expor o que o Iaido representa para mim pois sobre isso apenas eu posso saber e comentar.

Quando, há cerca de 3 anos, foi comunicado que se formaria um grupo para estudar o Iaido, no Centro Cultural George Stobbaerts em Recife, logo me interessei e inscrevi. Se hoje pouco sei, na época nada sabia sobre esta arte. Havia visto algumas raras demonstrações. Mas, a oportunidade de aprender a manejar uma Katana me fascinava – talvez fosse um antigo sonho de criança a se realizar, inspirado no imaginário sobre cavaleiros e samurais das estórias que lia naquela idade.

No princípio, como no início de minha experiência com o Aikido, interessava-me a técnica simplesmente: empunhar a Katana, desembanhiar, respirar, cortar, respirar, manter a postura, respirar, embanhiar... Parecia fácil mas, o frustrante, é que (também) não era e ainda não é. Tinha que haver algo mais que os professores insistiam em mostrar e que eu não conseguia ver.

Ao mesmo tempo, tentei fazer paralelos entre a prática do Aikido e do Iaido. Comecei a sentir que o Iaido me ajudava no Aikido me dando mais equilíbrio, concentração e – paradoxalmente – uma sensação mais presente do combate e, ao mesmo tempo, mais tranqüilidade. Reforçou-se minha percepção de que há algo no horizonte que vale a pena ser descoberto – talvez seja o que os professores apontam – que possivelmente nunca seja alcançado mas que a própria busca guarda, em si, um valor que a justifica. Algo que tem haver apenas comigo, com cada praticante, uma questão pessoal e íntima, quase solitária. Estou convencido disso.

Essa busca é hoje meu interesse nesta arte. O Iaido é como o “caminho das pedras”, um mapa, que vou tentando desvendar pouco a pouco para me aproximar desse “algo” (não sei exatamente o quê) e que está sempre em um horizonte inatingível e que insiste em se afastar no mesmo ritmo que ando. Portanto, não adianta ter pressa. Devo usufruir do caminho.

Marcos Castro.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Vagabond, de Takehiko Inoue

Vagabond é um mangá, gibi japonês, criado por Takehiko Inoue. Baseado no livro "Musashi" de Eiji Yoshikawa, conta a história do samurai mais famoso de todo o Japão, Miyamoto Musashi (1584–1645).

O mangá foi lançado inicialmente em 1998 na revista semanal Shūkan Mōningu e é publicado pela Kodansha no Japão. Já no Brasil, é publicado pela Editora Conrad. Desde seu lançamento, Vagabond tem vendido mais de 22 milhões de cópias ao redor do mundo.

Em 2000 Vagabond ganhou o Grande Prêmio do Festival de Artes da Mídia do Japão. Segue um pequeno trecho do discurso de felicitação ao autor:

"Desde Toyotomi a Tokugawa. Musashi Miyamoto cresceu em um período de mudança de grandes eras. O senhor Inoue tem tomado o poderoso Musashi que foi chamado às vezes de uma 'besta' e o desenhou como um vagabundo. O artista faz alarde sobre desafiar atrevidamente o trabalho de literatura nacional de Eiji Yoshikawa, incluso, a sensação de velocidade que o cria é impressionante. Eu o envio meus aplausos ao artista por criar uma nova imagem de Musashi."

Nesse mesmo ano, Vagabond ganhou o 24º Prêmio Kodansha de Mangá na categoria geral. Em 2002, Vagabond recebeu o aclamado Prêmio Cultural Tezuka Osamu. No ano seguinte, Inoue foi nomeado para o Prêmio Eisner de 2003 na categoria de melhor escritor/artista.

Na minha opnião, vale a pena dedicar um pouco de tempo para conhecer a história desse samurai, como ele criou o estilo niten (duas espadas) de esgrima e apreciar as ilustrações que são bastante detalhadas.

As revistas podem ser vistas online no One Manga e compradas no site da Conrad.

Abraço a todos.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

O céu e o inferno

Navegando pela internet encontrei essa parábola que achei genial.


"Um Samurai grande e forte, de índole violenta, foi procurar um pequenino monge...

– Monge - disse numa voz acostumada à obediência imediata. Ensina-me sobre o céu e o inferno!

O monge miudinho olhou para o terrível guerreiro e respondeu com o mais absoluto desprezo:

Ensinar a você sobre o céu e o inferno? Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma. Você está imundo. Seu fedor é insuportável. A lâmina da sua espada está enferrujada. Você é uma vergonha, uma humilhação para a classe dos samurais. Suma da minha vista! Não consigo suportar sua presença execrável.

O samurai enfureceu-se. Estremecendo de ódio, o sangue subiu-lhe ao rosto e ele mal conseguiu balbuciar palavra alguma de tanta raiva. Empunhou a espada, ergueu-a sobre a cabeça e se preparou para decapitar o monge.

– Isto é o inferno - disse o monge mansamente.

O samurai ficou pasmo. A compaixão e absoluta dedicação daquele pequeno homem, oferecendo a própria vida para ensinar-lhe sobre o inferno! O guerreiro foi lentamente abaixando a espada, cheio de gratidão, subitamente pacificado.

- Isso é o céu- completou o monge com serenidade."

Abraço a todos.